No Brasil, as pessoas interessadas em comprar bitcoins devem recorrer a uma corretora de criptomoedas, onde são conectas as pessoas interessadas em comprar e vender, como uma bolsa de valor. Para cada transação, há uma taxa a ser paga a essas exchanges. Ainda são poucos os estabelecimentos no país que aceitam as criptomoedas.
Como o uso do bitcoin para transações comerciais cotidianas está longe de ser comum. Mas na medida que a Bolsa de Valores de Chicago lançou no ano passado contratos futuros para o bitcoin ela referenda que ele é um ativo digital.
O bitcoin, entretanto, não está associado a um produto físico nem ao rendimento de uma empresa. Tampouco é uma moeda que tenha o respaldo de um banco central ou de uma economia. É um ativo que existe numa rede formada por servidores eletrônicos. Parte do sucesso das criptomoedas é exatamente essa ruptura com os ativos tradicionais. Hoje tudo do ponto de vista monetário está ligado a um banco, regulado dentro do sistema. Outro atrativo é a facilidade de se investir, há menos burocracias que a bolsa de valores.
Apesar da popularização do bitcoin, o investimento não é recomendado pelo Banco Central do Brasil, que avalia o risco da criptomoeda seguir o caminho de uma bolha financeira. No início do ano, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula o mercado de capitais brasileiro, decidiu proibir a compra direta de criptomoedas por parte dos fundos de investimento regulados e registrados no Brasil. A manifestação foi publicada depois de diversas consultas feitas à comissão. Órgão regulador brasileiro disse que ainda há dúvidas sobre segurança da mais famosa criptomoeda. A CVM faz a ressalva de que está acompanhando as discussões em torno de investimentos em bitcoins, mas diz que esse debate ainda é «bastante incipiente» e mencionou um projeto em discussão na Câmara dos Deputados para regular a criptomoedas. Ainda que o autor do projeto seja a favor da negociação no Brasil, o relator da matéria é contra.